Este é o ponto de situação da exploração de combustíveis fósseis em Portugal
Actualmente estão 2 contratos activos: O contrato da Batalha e de Pombal. A empresa Australis Oil & Gas pretende iniciar a prospecção de combustíveis fósseis em Portugal fazendo um furo na Bajouca e outro em Aljubarrota.
Das 15 concessões iniciais, 13 já foram canceladas. Pelo menos deixou de constar no site da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC). »» ENMC – contratos em execução Neste momento os contratos activos constam na página da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Podes consultar os contratos aqui:

Em Aljubarrota, o terreno adquirido fica na Rua dos Prazeres, na freguesia de Aljubarrota, concelho de Alcobaça.
A empresa pretende fazer um poço vertical com o objetivo de atingir a formação da Dagorda, a uma profundidade total de aproximadamente 3.200 m. Sondagem horizontal a partir de aproximadamente 2.130 metros de profundidade e com um alcance de 300 a 700 metros de extensão.
Prevê-se que a área a ocupar pelo projeto será de aproximadamente 7.500 m2.

Na Bajouca, o local é na Rua do Loural com a rua de Bouça de Lá, na freguesia da Bajouca, concelho de Leiria.
A empresa pretende realizar um poço vertical no ano de 2019 com o objetivo de atingir a formação de Silves, a uma profundidade de aproximadamente 4.350 m.
Uma vez alcançada esta formação, com a recolha até 200 metros de testemunho convencional ao longo do poço e execução de diagrafias em toda a sua extensão, será realizada uma sondagem horizontal a partir de aproximadamente 3.400 metros de profundidade e com um alcance de 300 a 700 metros de extensão, com o objetivo de avaliar a formação de Lemede para produção de hidrocarbonetos.
Prevê-se que a área a ocupar pelo projeto será de aproximadamente 6.000 m2.

Alguns vídeos que explicam melhor o problema desde o início:
Petróleo, Gás e os outros furos em Portugal (7mnts)
Petróleo no Algarve (3mnts)
https://www.youtube.com/watch?v=bcoY4OaQM40
O problema nacional – por Laurinda Seabra, da ASMAA(20mnts)
https://www.youtube.com/watch?v=fr81LCnaZrI
Factos sobre o tema:
- Dos onze anos mais quentes desde que há registo, dez foram desde 2000, e o décimo primeiro foi 1998.
- Anos mais quentes desde que há registos: 1º – 2016 ; 2º – 2015 ; 3º – 2017 ; 4º – 2018
- Portugal não tem qualquer direito de compra preferencial, nem de preço preferencial, sobre o que for extraído, ou seja, se quisesse comprar o “seu” petróleo, ou “o seu” gás natural, teria que pagar o preço de mercado.
- O orçamento de carbono que o planeta tem para não ultrapassar os 1.5ªC de aquecimento da temperatura média do planeta, tendo em conta os valores pré-industriais, é 4 vezes inferior às reservas de combustíveis fósseis já conhecidas. Para quê ir procurar mais?
- Os contratos são rudimentares e apenas protegem o lucro das empresas envolvidas.
- Na fase de exploração as emissões poluentes aumentam.
- Destruição da paisagem.
- Portugal tem um potencial solar enorme, de 2200 a 3000 horas de sol anuais e entre 1700 e 2200 nos Açores e Madeira. portanto as alternativas são possíveis.
- O anterior Ministro do Ambiente, José Moreira da Silva, entregou a concessão10 dias antes das eleições legislativas. O mesmo ministro nomeou a sua chefe de gabinete para o regulador destes contratos, a Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis.
- A Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC) é, por um lado, promotora, e por outro lado, reguladora desta actividade. Algo não bate certo.
- Os royalties para o estado são entre 3 e 8%.